O projeto IDemocracy continua a avançar e neste primeiro trimestre todas as organizações do Consórcio têm trabalhado no desenvolvimento do “Programa de Formação Participativa” com a participação direta de pessoas com deficiência intelectual e de apoio às pessoas no processo de tomada de decisão sobre os principais conteúdos, metodologias e ferramentas a utilizar e criar. O envolvimento das pessoas com deficiência intelectual e do desenvolvimento (PDID) nesta fase promove o exercício dos seus direitos participativos e democráticos desde o início da implementação do projeto.

Para o desenvolvimento do Programa de Formação Participativa, realizaram-se vários grupos focais em Espanha, Portugal, França, Croácia, Grécia e Lituânia.

Estas sessões contaram com a presença das PDID, profissionais, familiares e outras pessoas da comunidade. O objetivo destas sessões era discutir a implementação dos direitos democráticos, participação e representação das PDID a nível organizacional, comunitário e político.

As próprias pessoas com deficiência intelectual expressaram que “a melhor forma de promover os direitos é através do debate, da expressão e da reivindicação dos nossos interesses e do pedido de adaptações para podermos ser capazes de cumprir os nossos direitos”.

Além disso, exigiram a sua presença e participação ativa nos Conselhos de Administração ou noutros órgãos consultivos, com o apoio e adaptações necessários. Esta afirmação foi também apoiada por familiares e profissionais presentes, é muito importante que “lhes seja dada uma voz, não podemos falar pela boca de pessoas com deficiência intelectual”.

A nível político, destacou o feito alcançado no cumprimento deste direito, nos últimos anos, mas César Marí, Diretor da Secção Atenção à Diversidade Funcional da Cidade de Valência, salientou a importância e a necessidade de formação para pessoas com deficiência intelectual e suas famílias em competências digitais, para melhor exercerem o seu direito de voto.

O IDemocracy é um projeto europeu implementado no âmbito do Programa ERASMUS+ que consiste em aumentar as competências das pessoas com deficiência intelectual e seus apoios, relacionados com o exercício dos direitos democráticos das pessoas com deficiência intelectual na sociedade digital, através de materiais de formação e de uma plataforma de formação eletrónica.